O DANO MORAL NAS RELAÇÕES CONSUMERISTAS ENVOLVENDO INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS

Autores

  • Fernando Troncon FAP
  • Carlos Augusto de Almeida Troncon FAP

Resumo

O presente estudo abordará a relação consumerista existente entre pessoas hipossuficientes, em relação às instituições bancárias, em especial, a fixação dos valores para reparação dos danos causados ao consumidor, na grande maioria, clientes da própria instituição, ou beneficiários de seguridade social.

O trabalho fará uma breve análise da evolução histórica do Código de Proteção ao Consumidor, bem como da adoção da responsabilidade objetiva do fornecedor, no presente caso, pelos vícios e fatos de produtos e serviços.

Observa-se, atualmente, a dificuldade em alcançar as funções básicas dos valores indenizatórios, quais sejam, função compensatória ao dano suportado pela pessoa lesada, punitiva ao causador dos danos a terceiros, e por fim e não menos importante, a função preventiva, que visa coibir o causador do dano de repetir com a  prática lesiva.

Um dos elementos que serão abordados são os inúmeros e repetitivos casos, em que o consumidor é, frequentemente e diretamente, lesado pelas instituições bancárias.

Como é de conhecimento geral, referidas instituições gozam de imenso poderio   técnico e financeiro, capazes de impedir possíveis fraudes contra os consumidores, mas não o fazem da maneira devida. Abaixo, será demonstrado que, atualmente, mostra-se compensatório, financeiramente, às instituições que a resolução da lide se dê pelos meios judiciários, visto os pequenos valores arbitrados a título de reparação do  dano.

Este estudo tem como objetivo demonstrar que atualmente, os valores indenizatórios são fixados, especialmente, visando evitar o enriquecimento indevido do consumidor lesado, o que não alcança da maneira devida a função reparatória ao dano, tampouco as funções punitivas, a fim de desestimular a reiteração da conduta lesiva.

Para a construção dos argumentos conclusivos, a metodologia utilizada será uma ampla pesquisa bibliográfica e jurisprudencial, de cunho exploratório, além de breves estudos, em casos concretos, que ocorreram recentemente, com a pesquisa em sites institucionais pertinentes.

As bases de dados para a pesquisa bibliográfica serão as disponibilizadas pela FADAP-FAP, a saber, catálogo Sophia e base de dados eletrônica “Minha Biblioteca”, também serão pesquisados os termos no Scielo e Portal de Periódicos  da CAPES.

Os termos a serem inseridos nos campos de buscas foram: Dano Moral; Consumidor; Instituição financeira; Indenização; Punitive Damage.

As pesquisas serão complementadas com pesquisas jurisprudenciais.

Num segundo momento, sugerindo como hipótese, para a resolução da problemática em questão, o presente trabalho aponta uma saída possível a ser adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, quer seja, a fixação da indenização em valores que ultrapassam o dano sofrido.

Tais valores superados podem ser destinados a fundos específicos de proteção ao consumidor, ou até mesmo a sistemas ligados à saúde ou educação, de modo a evitar o enriquecimento indevido do consumidor lesado, bem como servir de cautela contra novos atos ilícitos.

É de se dizer que a responsabilização civil deve servir como instrumento de prevenção, nas relações de consumo evitando danos repetitivos e frequentes aos consumidores.

Biografia do Autor

Fernando Troncon, FAP

Discente do Curso de Direito da Faculdade da Alta Paulista (FAP)

Carlos Augusto de Almeida Troncon, FAP

Docente do Curso de Direito da Faculdade da Alta Paulista (FAP) - Tupã  

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Publicado

2023-03-22

Como Citar

Troncon, F., & Augusto de Almeida Troncon, C. (2023). O DANO MORAL NAS RELAÇÕES CONSUMERISTAS ENVOLVENDO INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS. FADAP - Revista Jurídica, (1). Recuperado de https://revistas.fadap.br/rejur/article/view/48