O RECONHECIMENTO DE PESSOAS NO INQUÉRITO POLICIAL E NO PROCESSO

Autores

  • Márcio Alexandre
  • Marcelo Petuba Llombert

Resumo

Diante da infração penal nasce para o Estado a pretensão de punir, correspondente ao jus puniendi. No entanto, no momento de proceder à identificação do autor do delito, seja ela por meio do álbum de fotografias ou pelo procedimento do reconhecimento pessoal, surgem dúvidas, quanto à credibilidade e confiança da prova, dada a falibilidade da memória humana.

Inúmeras pesquisas e julgados mostram a complexidade da memória e como ela é influenciada por diversos fatores. Tem-se chegado, cada vez mais, à conclusão de que o reconhecimento de pessoas é um dos meios probatórios mais sensíveis do ordenamento processual penal, necessitando de reformas e reposicionamentos por parte das autoridades, quanto ao seu procedimento e valoração.

Além da falta de formalidade, o judiciário vem proferindo sentenças condenatórias baseadas única e exclusivamente no reconhecimento fotográfico, o que vem sendo tema de decisões do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, momento em que é questionada a constitucionalidade das condenações. Pessoas acusadas são convocadas em delegacias para ver suas vidas tomadas por processos judiciais, após uma identificação no álbum de suspeitos.

O tema demonstra ser de grande relevância no meio jurídico e tem por intuito alertar os operadores jurídicos, quanto à falibilidade da prova, ensejando propostas para mudanças no Código de Processo Penal, no que tange ao reconhecimento de pessoas, visando a condenações mais justas e pautadas em garantias e princípios constitucionais.

 Existem milhares de pessoas no mundo, com certeza haverá pessoas que se parecem com você que está lendo este artigo.

Biografia do Autor

Márcio Alexandre

Discente do Curso de Direito da Faculdade da Alta Paulista (FAP) - Tupã 

Marcelo Petuba Llombert

Docente do Curso de Direito da Faculdade da Alta Paulista (FAP) -

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Publicado

2024-06-18

Como Citar

Alexandre, M., & Petuba Llombert, M. (2024). O RECONHECIMENTO DE PESSOAS NO INQUÉRITO POLICIAL E NO PROCESSO. FADAP - Revista Jurídica, (2). Recuperado de https://revistas.fadap.br/rejur/article/view/73